Não me finjo de idiota
Apenas deixo os pássaros levarem os bons costumes
Aqueles que toda moça preza e reza
Pelas manhãs e madrugadas.
Não me finjo de idiota
Apenas me calo com pouca frequência
Medo de não viver por conseqüência
Sou assim, me desculpa
Não me finjo de idiota
Eu enxergo muito bem a chuva vindo
Não bastou meu trabalho ser inútil, tenho que refazê-lo
Roupas de mulher e roupas de menina...
Não me finjo de idiota
Dou a honra e trato bem
Sou feita de consciência e orgulho
Este que come e me devora, me sustenta e me adora
Não me finjo
Realmente sou feita de fé e de escolhas
Que todos os dias decido
Espero saber o caminho, espero saber o que é bom
Me arrependo de não fingir
De coçar a cabeça e não pensar
De andar tanto e não chegar
Ultrapassei a linha mas não ganhei
Não queria, não gostaria, mas adoraria
Não me finjo, esse troféu eu não mereço
Não cheguei aonde conheço
Não tive metas e não tracei futuro
Apenas deixei levar... meus bons costumes
Liberdade sem objetivo, rebeldia sem causa
Faz o tempo gastar e voar
Mas me fez lembrar
Que mesmo assim, eu fui feliz.