segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Seca

Aquela estação que tem promessa de chuva...
Ela mais uma vez mentiu pra mim.
Coloquei meus cestos, vesti minha capa...
Olhava pela janela e imaginava a lama na porta;
Não me importo mais!!! Que sequem os vasos e morra as cabras!!!
Minha sede acabou!
Dentro desse corpo existe uma alma, que se importava...
Que olhava pro céu e sentia o cheiro de água (...)
Deixa ela me enganar, deixa ela me alimentar;
Deixa ela me matar de sede... Vou morrer de tanto rir
Arranquei minhas roupas e sai da cabana
Quem me verá nua nesse deserto de descaso?
Os Egos estão na grande cidade, a chuva partiu pro egoísmo.
Lá ela rega os falsários e os mentirosos, lá se vai (...)
Lá nunca falta água, lá nunca falta gente.
Pessoas que matam mas conseguem dormir tranquilas.
- a culpa não foi minha, fulano nunca foi boa peça... 
Há tranquilidade!!! tranquilidade de hipocrisia.
Deixaste o gado morrer na seca, e os peixes fritarem na areia.
Tiraste minha água, minha paz e meu escape
Tiraste o que me restava... Eu já não era nada...
Deixa chover! Deixa cair...
O que me importa não é minha morte
Mas as que estão por vir...