Era uma vez uma menina, sonhadora e mimadinha, que vivia a imaginar como seria crescer, ser livre e cantar, ela ouvia ruídos estranhos que saia de harmonias naturais, uma simples janela batendo ao vento, ticcc toocc, a fazia sorrir, ela sentia como se estivesse num palco, bem grande com um monte de notas dançantes ... A porta fazia Strinch, os pássaros piuuuuu, as árvores nhec, tudo era muito natural, qualquer música de fundo a fazia se concentrar, era inconsciente, tudo para ela era música. Sua mãe dizia sempre, ohh menina sonhadora, vê se acorda desse sonho e vai estudar para ser alguém, e ela com a fé do tamanho de um planeta, acreditou que tudo que ela ouvia a levaria a ser está alguém, mas um dia, o pior de sua vida, ela deixou de ouvir toda aquela música, ela se encontrou naquele silêncio e quase ficou louca, olhou para todos os lados e bateu em todos os objetos mas nenhum fazia sequer um som, ela se desesperou, um ser que só sabia sonhar com uma vida dançante, em que todas as notas eram suas melhores amigas, ela se viu sozinha, por um instante ela chegou a pensar o que seria da vida, nada a entendia melhor que a música, a sensação que ela tinha em uma escala era a coisa mais linda do universo, que nada fazia melhor, era como se toda a floresta tocasse uma sinfonia para ela. Naquele mesmo dia ela tentou se imaginar em outro lugar, sendo outra pessoa, e ouvindo outras coisas, porque afinal de contas, o que havia de melhor nela, ela havia perdido, sendo otimista ela partiu de sua casinha e procurou sua essência, o que ela poderia ser além de uma sonhadora, e ela se deparou com a vida, com os fatos que lhe ocorrerá, que muitas coisas acontecem sem explicação e temos que aceitar, e como morrer... As vezes não se escolhe.
Foi difícil para a pobre menina surda, que acabará de nascer e já tinha morrido por dentro, suas expectativas tinham sumido mas a esperança continuou, quem sabe um dia ela escute tudo de novo, e as pessoas param de interpretar ela como louca e aceitar que ela via as coisas diferentes, ela acreditou que a vida iria dar a ela uma segunda chance. E foi numa manhã de sábado que ela entendeu que tudo havia uma explicação, tudo havia um tempo, e que o dela tinha chegado, mesmo sem ouvir tudo claramente, ela continuou e prosseguiu com tudo, aquele vazio que sentia era nada mais nada menos que uma aceitação própria, de como a vida direcional o caminho dela, e de como ela quis enxergar tudo isso, o chão nos seus pés nunca saiu, e a música nunca parou de tocar, simplesmente foi uma pausa, como aquelas nas sinfonias que todos os instrumentos param e fazem bonito ? A música daquela menina sonhadora fez uma mera pausa, e logo em seguida, depois de todo seu desespero e sua cegueira, a música seguiu, ela voltou a ouvir tudo novamente e mais um pouco, porque dali para frente seria mais espontânea sua vida, a nota mais linda do mundo tinha sido tocada, e pela primeira vez ela ouviu o amor...
Foi difícil para a pobre menina surda, que acabará de nascer e já tinha morrido por dentro, suas expectativas tinham sumido mas a esperança continuou, quem sabe um dia ela escute tudo de novo, e as pessoas param de interpretar ela como louca e aceitar que ela via as coisas diferentes, ela acreditou que a vida iria dar a ela uma segunda chance. E foi numa manhã de sábado que ela entendeu que tudo havia uma explicação, tudo havia um tempo, e que o dela tinha chegado, mesmo sem ouvir tudo claramente, ela continuou e prosseguiu com tudo, aquele vazio que sentia era nada mais nada menos que uma aceitação própria, de como a vida direcional o caminho dela, e de como ela quis enxergar tudo isso, o chão nos seus pés nunca saiu, e a música nunca parou de tocar, simplesmente foi uma pausa, como aquelas nas sinfonias que todos os instrumentos param e fazem bonito ? A música daquela menina sonhadora fez uma mera pausa, e logo em seguida, depois de todo seu desespero e sua cegueira, a música seguiu, ela voltou a ouvir tudo novamente e mais um pouco, porque dali para frente seria mais espontânea sua vida, a nota mais linda do mundo tinha sido tocada, e pela primeira vez ela ouviu o amor...