Cheguei neste ponto que parece uma vírgula
Minha mente desceu um parágrafo e não começou em maiúsculo
Eu chorei entre as linhas e apaguei os espaços inúteis
Recomecei uma frase boba e terminei uma canção antiga
Iniciei uma tese e ferrei com um parênteses, que não dizia a antítese
E nem mesmo explicava a intenção, só trouxe discussão.
Minha mente foi vagando e me encontrei naquela linha.
Então eu a pulei, decidi outro parágrafo, de dizer coisa nenhuma
Só precisei de uma soltura e dois pingos de alegria
Meus dedos suaves escrevem, mas odeiam nostalgia
Queria concluir esse texto, que parece uma poesia
Mas logo me lembrei, que tenho muita agonia
É melhor deixar uma vírgula e escrever etc
Do que no final de uma vida, por um ponto de indiferença.
O que vale mesmo é o sentimento que é a ponta do veneno
Quanto mais eu escrevo mais eu me esvazio
Mais eu emburreço mais eu me limito
As vezes finjo ser poeta pra entender uma poesia
Nunca funciona mas me ajuda a entender a magia
Que na vida nada é eterno, mas o eterno eu escrevo na sua vida.
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