Voltei a escrever, tem muita coisa guardada
Voltei a respirar a caminhar
Na corrida, na pendência de viver acompanhada
Eu quis o impossível, eu quis o improvável
E agora estou aqui, voltando as mesmas manias
Comendo as unhas e levando broncas de criança
O pássaro pousou no espelho do carro, ele cogitou em entrar
Em experimentar o novo, em novos sabores, em novas espécies
A vida está sendo dura, está sendo seca
As fontes das águas estão secas e as vezes até salgadas
Os olhares que me seguem não me enxergam
Não conseguem me entender, que dói escrever...
Que minhas mãos tremulas dizem para mim... Não
Dói saber que adormeci , que talvez ainda não tenha acordado
E que talvez eu ainda não acorde, que o confuso está meio claro
E que as notas estão desafinadas, o som não se casa
Que a música não foi tocada,ela ainda não nasceu.
ela tem que ser tocada
Dói saber que eu sei a teoria, eu sei dos sentimentos
Eu sei das sensações, eu sei do cheiro, eu sei do sabor
Mas nem tudo que sei, foi para eu me conformar
Em saber que não foi suficiente.
A música e minha alma, ela sai para passear e volta com passarinhos.
E estes curiosos para conhecer o novo... No espelho do carro.
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