Me acorrentei no que me disseram
Acreditei e tive medo de indagar...
Ouvi que o sucesso vem na disciplina
E a felicidade se andar na linha...
Eu tive frio, eu tive medo
Tive dúvida e tive receio
Mas ouvi dizer que era normal
Que logo a vida iria compensar
Que eu precisaria duvidar do amor
E de tudo que parecia com ele
Que não passaria de imiscuir
De meras notas que serão esquecidas
Eu acreditei e me permitir acreditar
Mas eu sei que não duraria ... Sabe lá
Tive sede em frente ao mar
Tive fome do meu próprio eu
Não preciso seguir estes passos vazios
A chave da minha mente estava no meu coração
Precisei ouvi-lo e senti-lo
Ele estava reprimido e um pouco vazio
Eu nasci nessa regra boba
De terminar o telhado de um estrutura medonha
De dançar a mesma música e de enriquecer por ambição
De construir um império nem que seja comendo pão
Mas chega! Agora eu enxergo melhor todo esse contorno
Estou na minha janela e ela me ouve
O que está lá fora nunca foi pra me matar
O que me mata está aqui dentro, de todo esse mar
Liberdade é estado de espírito ?
Então estou a me libertar ...
Sei que vivo de roxo a vinho...
Porque corpo e alma já voltaram a conversar
Luanna Figueredo Roque