Um país que pouco soube ser autêntico
Pouco soube de plantar suas árvores pra colher seus frutos
Não sei se vale a pena sentar e esperar a educação florescer
O seu espelho é o rio negro...
Um país feito de Xerox e de leis plagiadas
Suas músicas pouco costuradas e muito remendadas
A beleza sendo mais que muita criança na rua...
E muita gente nua e crua correndo pro incerto
Acreditando no ouro a brotar em seus quintais
E naqueles que prometem a lua como enfeite de sala
Tudo isso é quase certo, menos o carnaval
Criança odiando ler, e fugindo de conhecer
Nosso futuro ali está, bem longe de acontecer
Nossos representantes no senado bem entusiasmados assinaram
Nosso tempo de morrer, porque logo vem nascendo
Outro trouxa pra valer...
Educação quase zero, e importância menos que a mínima
Gente gritando pra fazer uma cena, pra ver se de alguém o anima
Trabalhar que é bom quase nada, é melhor depois do seguro
Fazer das leis uma rede boa, que possa sacudir diurno
Pegar aquela cerveja de sexta e dançar em cima da agonia
De fingir que está tudo bem, esse é o Brasil de todo dia.