sábado, 9 de agosto de 2014

Escrevendo

Nossa história não veio de nós
Não veio desse caderno 
E muito menos do nosso caminho
Escolhemos mau, enxergamos pouco e sabemos menos ainda
O ângulo de Deus sempre foi magnífico.
Ele enxerga tudo e traça encontros perfeitos.

É natural, é conjugal é espiritual.
As estrelas não entendem e muito menos a lua
Elas riem para as nuvens assistindo nua e crua
Nossa história é um debate, será que é verdade?

O tempo não tem pressa, e as areias não correm
Tudo parece correr na ponta do relógio
E passar em câmera lenta nos nossos olhos.
Escute nossa vida dançando uma cantiga... Tic tac

Nosso amor supera isso, as vezes me encontro rindo
Não, não estou dizendo isso pra conforto,
Minha mente está límpida como meu quarto e espaçosa como minha mesa
Tudo devagarinho você acompanha, e tudo na rapidez, você beija.

O que é seu também é meu
O que é meu também é seu
Eu erro nas palavras, mas meus olhos expressam que não...

Não adianta me enganar, você já conhece meu olhar...

Árvore

Somos como uma árvore...
Mesma raiz, mesmas proteínas e mesmo solo...
Mesma terra, mesma água e mesmo pólo.
Tudo nasceu igual, e tudo vai morrer assim...

Do tamanho da sua diferença...

O tronco se alarga e amadurece
E logo os galhos aparecem...
Com pinta de adolescentes, logo vão se separando
Mas sempre se entrelaçando, pelas raízes descentes...

Saíram da mesma terra e tem por base o mesmo tronco
Mas cada uma pro seu lado, pro seu espaço e pro seu caminho
Mas nunca ficaram sozinhos...
Estes galhos danados, só queriam espaço, para viver sem ter laços.

No final de tudo, sempre as mesmas flores, sem ter lá seus horrores,
E as folhas iguais, mesma cor, sabor e decimal
Mas os seus frutos, os galhos mais fortes, mais saudáveis
Dão lá um espetáculo, de cada macaco no seu galho

Cada um no seu tempo, no seu vento, na sua chuva e no seu contento.
Tudo isso é uma árvore, repleta de verdades, na natureza e suas metades.
Me encontro nessa linha, somos várias nessa trilha, no qual eu me esbarro.
Nasci numa estação, amadureci no outono e namorei no inverno.

Minhas folhas sempre trocam,
 E meus frutos sempre caem,
Minhas raízes são profundas
 (...)  mas o amor nunca se vai...