terça-feira, 1 de abril de 2014

Vidraceira

Os vidros embaçaram
Mas houve algo mais
Isso não te assusta?
Foi uma entrega...

Os anos que pensei
Que era poeta com uma caneta
Que fazer poema era me descrever
Eu me esqueci como fazer

Fazer alguém parar de te olhar
Te parar de desejar, um esquecido me contou
Minha alma foi tentando e tentando...
Até que ela lembrou

Que talvez seja diferente, seja especial
Seja único e inevitável
A uma torcida, a uma companhia 
Eu não tento mais

Minha cabeça no travesseiro e mais leve
O andar fica mais grudento
E o tempo passa devagarinho na corrida da vida
Isso não te assusta ?

Uma inspiração de fazer uma poeta renascer
De fazer uma música tocar
De fazer os olhos se acharem 
E os dedos tocarem

As cordas que você tocou
Que você não sente, e assim que está sendo
Toda noite tem sua lua
Todo céu tem o seu sol

Eu tenho você nas minhas lembrancas
Nas tardes, nas noites, nas madrugadas
Na vidraça embaçada, na porteira 
Na música e nas notas...

Estou no ritmo do seu coração. 

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