segunda-feira, 31 de março de 2014

Você sabe do que eu digo...



Avisei que seria arriscado
Que seria um grande passo
E que não teria mais freio

Eles desgastaram com a coragem
Com o risco que corremos
Naquele trilho onde o trem partiu
Sem carga nenhuma

Aquelas desculpas ou até mesmo...
Pequenos sacrifícios para ver um sorriso
E sentiu o seu cheiro
Aquele que a saudade sabe bem o aroma

Você não tem mais medo de dizer
As palavras saem ao vento
Você sabe bem do que estou falando
Ao ler o sorriso sai espontâneo

A música foi tocada e o destino escrito
O lápis vem de Deus, mas a borracha vem de nos
Vem do medo e do anseio
Do pássaro e seu primeiro voou

Talvez seja areia ou até diamante
Talvez seja lava ou até explosivo
Talvez seja quente ou até morno
Talvez seja rápido ou até devagarinho 

As notas se casaram e as escalas ressoaram 
Foi muito mais que um solo
Está sendo um conserto
O qual todos sabem o que fazer

E até quem Amar

quinta-feira, 13 de março de 2014

Atraindo



Você tenta se encontrar nos meus olhos
Encontrar uma resposta
Um retorno, e até um brilho...
Mas eles não respondem

Eles são negros
Pérolas negras
Que se escondem
Que sabem guardar segredo

Já os seus eu me vejo
Eu me sinto, eu me encontro
Eles são lindos acompanhados com um sorriso
E são misteriosos acompanhados de um silêncio

Uma coisa que entendemos
E que não da pra esconder
E que por traz de tanta troca de olhar
E tanta troca de sorrisos

Existe algo mais
Um anseio, talvez
E até uma dúvida, também
Que vai acabar com o toque...


Logo;logo 

sábado, 8 de março de 2014

Fase






Voltei a escrever, tem muita coisa guardada
Voltei a respirar a caminhar
Na corrida, na pendência de viver acompanhada
Eu quis o impossível, eu quis o improvável
E agora estou aqui, voltando as mesmas manias
Comendo as unhas e levando broncas de criança

O pássaro pousou no espelho do carro, ele cogitou em entrar
Em experimentar o novo, em novos sabores, em novas espécies
A vida está sendo dura, está sendo seca
As fontes das águas estão secas e as vezes até salgadas

Os olhares que me seguem não me enxergam
Não conseguem me entender, que dói escrever... 
Que minhas mãos tremulas dizem para mim... Não 
Dói saber que adormeci , que talvez ainda não tenha acordado

E que talvez eu ainda não acorde, que o confuso está meio claro
E que as notas estão desafinadas, o som não se casa
Que a música não foi tocada,ela ainda não nasceu.
 ela tem que ser tocada

Dói saber que eu sei a teoria, eu sei dos sentimentos
Eu sei das sensações, eu sei do cheiro, eu sei do sabor
Mas nem tudo que sei, foi para eu me conformar
Em saber que não foi suficiente.

A música e minha alma, ela sai para passear e volta com passarinhos. 
E estes curiosos para conhecer o novo... No espelho do carro.




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